sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O PROJECTO JÁ RESPIRA!


O corpo Respira. Respira ideias. Respira no espaço até tocar no outro.
Respira o medo, o conforto, o movimento, a estranheza, o ritmo e o silêncio. Está sempre a respirar.
Um corpo montanha, alto e cansado de percorrer as veias e artérias da paisagem. Um corpo gaveta que guarda os segredos e os pensamentos do coração ou do pulmão.
Um corpo que dança, ao tremer, ao andar para trás, ao abraçar, ao respirar.

Projecto Respira é um espectáculo sobre o corpo que respira todos os dias. É um projecto de criação artística respirado por três escolas de regiões diferentes do país e por um grupo de artistas de diversas áreas.

A METODOLOGIA


PROJECTO RESPIRA é realizado simultaneamente nas três escolas. Cada escola, representada por uma turma e sob a orientação dos artistas envolvidos, é responsável por uma área do espectáculo: a turma 6ºJ da EB23 Professor António Pereira Coutinho, de Cascais, pela dança, a turma 6ºD da EB23 de Manuel de Figueiredo, de Torres Novas, pelo vídeo, e a turma 6ºB da EB23 D. Afonso Henriques, de Guimarães, pela concepção plástica.

Após uma formação inicial para os professores, em Setembro, o trabalho desenvolveu-se, numa primeira fase, através da realização de um conjunto de oficinas realizadas nas escolas dirigidas a todas as turmas do 6º ano. Numa segunda fase, num período mais intensivo de criação entre Novembro e Dezembro, o trabalho teve continuidade com a turma designada para colaborar no espectáculo, sempre que possível nas instalações das estruturas culturais envolvidas.

Pretende-se, no entanto, que a experiência do projecto ao longo da sua duração seja sempre extensível a todos os elementos das escolas. O resultado das oficinas para as turmas do 6º ano que antecederam o período de criação será aplicado no espectáculo e foram promovidas várias pequenas acções paralelas no sentido de envolver alunos, professores e funcionários.

No dia 30 de Novembro, durante o período de criação com os alunos, houve um encontro entre as três turmas envolvidas para partilharem e em conjunto trocarem impressões sobre o que foi desenvolvido e como deve ser continuado o trabalho.

O projecto culminará com a apresentação do espectáculo criado em cada cidade: 1 e 2 de Fevereiro em Cascais, 8 de Fevereiro em Guimarães e 15 e 16 de Fevereiro em Torres Novas.

OS SENTIDOS




Através do Projecto Respira procura-se uma abordagem poética do CORPO, suscitando reflexões sobre o pensamento, as emoções e a biologia do próprio corpo, envolvendo alunos e professores numa experiência de criação artística, através de uma proposta genuína de partilha e aprofundamento de ideias e do convívio diário, num período concentrado de tempo, entre alunos, professores e profissionais das artes.

A longo prazo, este trabalho visa contribuir para o conhecimento da dança e para a transmissão do prazer pela sua prática, assim como de outras expressões artísticas, como o vídeo, e as artes cénicas. Procura ainda proporcionar a descoberta da criação artística como veículo para a compreensão e expressão da realidade assim como valorizar modos de ver, de sentir e de pensar particulares.

É igualmente uma oportunidade para cada grupo de alunos de se “mostrar” e de se “fazer ouvir” junto dos seus familiares, professores e amigos, utilizando linguagens diferentes das habituais, que neste contexto enriquecem a comunicação.

Projecto Respira alia experimentação e criação e culmina na elaboração de um espectáculo em que toda a matéria parte do trabalho realizado pelos grupos.



A IDEIA

O Projecto Respira parte da ideia de criar uma peça, sobre O CORPO, com características de desenvolvimento e de apresentação profissionais, com jovens do meio escolar, que envolve a dança, as artes plásticas/cenografia/figurinos e o vídeo, a realizar entre Setembro de 2007 e Fevereiro de 2008.

É realizado por um grupo de artistas das diferentes áreas, Vítor Rua, Carlota Lagido e João Pinto, que juntamente com a coreógrafa Aldara Bizarro, se propõem a criar um espectáculo com alunos do 6º ano de escolas de Guimarães, Torres Novas e Cascais. Respectivamente em cada cidade, três co-produtores distintos do panorama cultural do país, o Centro Cultural Vila Flor, o Teatro Virgínia, e a Jangada de Pedra, acolhem o projecto no seio da sua programação, esperando simultaneamente contribuir para o alargamento de experiências no campo das artes e da pedagogia e para a criação de um espectáculo de características singulares.